quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Superação (mensagens)


"A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda."

"Nada é por acaso...Acredite em seus sonhos e nos seus pontenciais....Na vida tudo se supera..."

"Supere os desafios, bata recordes
O céu é o limite dos guerreiros.
Lute contra todas as suas limitações"

"Nunca deixe que nenhum limite tire de você a ambição da auto-superação."

"O sofrimento precisa ser superado, e o único meio de superá-lo é suportando-o."

"Problemas não são obstáculos, mas oportunidades ímpares de superação e evolução."

'"O impossível está a um passo da nossa superação, a partir do momento que nos superamos algo impossível se realiza."

Recuperação

Tratamento Médicos e Psicológicos

Os jovens em geral são rebeldes às clássicas psicoterapias, mas quando usam drogas as resistências pioram e acabam criando verdadeiras batalhas em casa para não ir às consultas. As elegações mais comuns são, entre outras:
"Não sou louco para ir a um psiquiatra, os loucos são vocês",
"Não sou viciado. Paro quando eu quiser", "Vão gastar dinheiro à toa!"
Quando há comprometimento psicológico ou físico, a consulta especializada se faz necessária. Cabe ao profissional - médico, psiquiatra, psicólogo- especializado fazer um bom diagnóstico e estabelecer um procedimento adequado. Os especialistas estão mais capacitados a utilizar, se necessário, medicamentos específicos. Há muito progresso no campo medicamentoso terapêutico. Novidades surgem a toda hora, entretanto a validade deverá ser confirmada pelos profissionais escolhidos.

Só internação não resolve
Em casos graves, quando o usuário está muito comprometido, a internação hospitalar é necessária e fundamental para dar início à recuperação. Nesse sentido, os hospitais funcionam bem.
Depois da alta, o apoio de grupos de auto-ajuda é excelente.
Os "padrinhos" que adotam um novo usuário cuidam dele como se fossem um filho. A única obrigação desse "filho" é ligar para o "padrinho" quando a vontade de usar a droga começar a ser despertada. É a força da coletividade agindo sobre o indivíduo necessitado.
Não há psicoterapias nem internações que garantam uma proteção tão grande e tão empenhada quanto a que esses grupos oferecem. E, se houver, pode se tornar inviável para a maioria da população, pelo seu alto custo.
(Salvar o Filho Drogado - Dr. Flávio Rotman - 2ª edição - Editora Record)
As “Sete regras básicas para interrupção do consumo de cocaína” (Washton, 1989) são válidas para dependentes de outras drogas e/ou álcool, e devem ser extensivamente discutidas com os pacientes:

1 - O momento de parar é agora
Uma das táticas mais usadas pelos dependentes e abusadores de álcool e/ou drogas para evitar ingressar em tratamento é a procrastinação (“deixar para mais tarde ou para depois”, adiamento indefinido que colabora para o aumento das conseqüências derivadas do consumo). A frase “Eu vou parar amanhã” significa exclusivamente que o indivíduo não tem nenhuma intenção atual de interromper o consumo.

2 - Deve-se parar o consumo de uma vez
Reduzir o consumo de drogas e álcool é uma tarefa ingrata e infrutífera. Cada episódio de consumo de coca aumenta o desejo por mais cocaína e assim o processo de recuperação acaba sempre adiado.

3 - Parar todas as drogas de abuso, incluindo álcool e maconha

Esta é uma das regras mais difíceis para o dependente de cocaína aceitar. O indivíduo tende a focalizar todas as suas dificuldades por exemplo na cocaína, desprezando a participação das outras substâncias no seu padrão de consumo. O consumo de álcool ou de maconha freqüentemente representa o primeiro passo para uma recaída no consumo da própria cocaína. Além desse fato, o consumo de qualquer substância evoca as memórias do consumo da droga principal consumida, desencadeando “fissuras” intensas. Ao consumir outra droga, o indivíduo terá menor capacidade de resistir a tais “fissuras”, recorrendo ao consumo.

4 - Mudar o estilo de vida
Os dependentes de drogas não podem manter os relacionamentos com antigos companheiros de consumo, não podem ir aos bares e outros ambientes onde costumavam encontrar esses colegas, pois o consumo de substâncias psicoativas (drogas e/ou álcool) é a atividade central dessas atividades. O indivíduo, nessas ocasiões, volta a sentir desejo intenso, como uma necessidade de consumir, não conseguindo resistir à droga. Esta é a principal razão de recaídas, pelo menos nos pacientes em tratamento.

5 - Sempre que possível evitar situações, pessoas e ambiente que causem fissuras
É importante antecipar estas situações em tratamento antes de se encontrar nas situações acima descritas, para que o paciente possa lidar adequadamente e evite o uso. Os dependentes em tratamento nunca devem testar-se, para saber “como estão indo no tratamento”. Este fenômeno é muito visto entre os pacientes, que acreditam que “passando no teste” estarão provando que voltaram a conquistar o controle sobre a droga e que “jamais irão consumir novamente”. Infelizmente nada poderia ser mais falso que isto. Mesmo passando no “teste” o paciente estará mais próximo de uma recaída, por ter se aproximado ao ambiente de consumo e, provavelmente, por excesso de autoconfiança.

6 - Procurar outras recompensas (fontes de prazer)
Durante a trajetória da dependência os indivíduos costumam afastar-se de praticamente todas as formas de lazer que não se encontram associadas diretamente ao consumo.Freqüentemente abandonam hobbies, afastam-se de pessoas que não usam, param de exercitar-se; com a evolução da dependência mesmo o interesse no sexo reduz muito, e a vida torna-se escassa de prazeres não quimicamente induzidos. O aprendizado de como voltar a estar em sintonia com o mundo “careta” é uma das tarefas mais difíceis da recuperação. Alguns indivíduos chegam a relatar que “desaprenderam a falar” sem o efeito das drogas.

7 - Cuidados pessoais: aparência, alimentação, exercício etc.
A cocaína, por exemplo, é um potente inibidor do apetite, de forma que usuários crônicos tendem a apresentar deficiências de diversos nutrientes e vitaminas. Alguns indivíduos dependentes de álcool e/ou drogas ingressam no tratamento realmente depauperados fisicamente.Da mesma forma, o condicionamento físico do paciente costuma ser negligenciado, indicando a inclusão de exercícios físicos na recuperação do paciente. O exercício pode, ainda, auxiliar a controlar ansiedade do indivíduo, facilitando a manutenção da abstinência, e produz sensação de bem-estar pela liberação de substâncias (endorfinas), que podem resultar em redução do desejo pelo consumo.

Fases do tratamento de abuso e dependência de álcool e drogas

- Desintoxicação ou Promoção da abstinência
Fase de abstinência sob supervisão médica dos efeitos do consumo de álcool ou outras drogas. Fisiologicamente esta fase dura poucos dias, porém a vontade de consumo pode persistir por meses. O uso de medicações pode reduzir o desconforto dos usuários ou mesmo minimizar as complicações médicas. A desintoxicação estabiliza o paciente, permitindo que ele ingresse na próxima fase do tratamento. Porém a desintoxicação sozinha tem mínimo impacto na dependência

- Reabilitação
É a fase do tratamento em que os paciente aprendem como modificar seu comportamento para manter a abstinência. Inúmeras modalidades terapêuticas podem (e devem) ser utilizadas para esta finalidade – aconselhamento individual e familiar, aprendizado sobre dependência e sobre as substâncias que consome, psicoterapia individual e familiar, medicações contra as vontades de consumo que o indivíduo apresenta, treinamento social e vocacional, e outros processos são integrantes desta fase. Grupos de mútua-ajuda devem sempre ser incluídos no processo de reabilitação

- Cuidados continuados
Muitos dos pacientes dependentes devem se manter em tratamento por um período longo em suas vidas. Esta fase é composta de propostas para a manutenção do estado de sobriedade frente às dificuldades de suas vidas. Participação em grupos de mútua-ajuda é um dos mais conhecidos meios de manutenção dos benefícios conseguidos em um tratamento. Outras possibilidades para esta fase são oferecidas pelas comunidades terapêuticas. Elas oferecem um ambiente bem estruturado para indivíduos que não disponham destes recursos em sua vida. As internações nestas instituições são freqüentemente longas, possibilitando uma estruturação da vida do indivíduo antes dele retornar ao seu ambiente de vida. Todas as modalidades oferecem suporte moral e encorajamento.

- Prevenção de recaídas
Estratégias que podem ser aplicadas conjuntamente ou logo após o tratamento primário (desintoxicação ou reabilitação). Em geral estas estratégias têm o objetivo de antecipar (e lidar) com as situações em que os pacientes terão possibilidade de recair, ajudando-os a adquirir instrumentos eficazes para evitar uma recaída, também modificando seu estilo de vida. Assim sendo são efetivas na redução da exposição dos indivíduos às situações de risco, fortalecendo suas habilidades de evitar uma recaída.
onte: GREA - Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas

As regras do tratamento - Passo a passo as normas impostas pela Anvisa para o funcionamento das comunidades terapêuticas


Como deve ser escolhida a instituição que cuidará do tratamento da dependência de drogas de um familiar ou de um amigo próximo? Essa é uma pergunta muitas vezes presente nas consultas feitas à Abrafam (Associação Brasileira de Apoio aos Familiares de Droga-dependentes) - mas para a qual não existe uma resposta única. Em primeiro lugar, porque não existe tratamento que sirva para todos. Em qualquer área da saúde, cada indivíduo apresenta necessidades diferentes e reações diferentes às mais variadas terapias. Assim, não seria possível compor um "guia de tratamento de drogadependentes". E, certamente, se existisse um, não haveria tantos dependentes em apuros...
No entanto, algumas orientações básicas são imprescindíveis. A primeira delas é verificar se, no mínimo, a lei está sendo cumprida. O tratamento da drogadição pode ser realizado das mais diferentes formas: em regime de ambulatório, domiciliar ou de internamento, sendo que esse último ainda subdivide-se entre vários tipos de serviços prestados por diferentes instituições: clínicas, hospitais, comunidades terapêuticas. E, com relação às comunidades terapêuticas, a legislação existe para defender o paciente.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde, publicou, em maio, a Resolução número 101, preparada por membros de diferentes áreas, que trata do assunto. Ali estão descritas regras de funcionamento que devem ser do conhecimento de qualquer pessoa internada ou que tenha providenciado o internamento de alguém, pois deslizes ou claros exemplos de negligência podem passar despercebidos por pura falta de informação. Assim, para apoiar a família nesse universo tão grande de comunidades espalhadas por todo o país, acompanhe este estudo e confira o texto integral da Resolução a seguir.

Para que serve
A Resolução 101, de 30 de maio de 2001, segundo Gonçalo Vecina Neto, que a assina, vem para normatizar e estabelecer padrões mínimos para o funcionamento de serviços públicos e privados de atenção às pessoas com transtornos decorrentes do uso de drogas. Expõe exigências mínimas para o funcionamento dessas instituições, denominadas de comunidades terapêuticas e dá prazo de dois anos para que as que já existem adaptem-se às normas (portanto, até 2003).

A quem se aplica
As normas se aplicam a qualquer pessoa física ou jurídica, de direito privado ou público, envolvida direta ou indiretamente na atenção a indivíduos com transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas, sejam elas quais forem. Esses responsáveis, podem ser, portanto, uma empresa - um hospital, por exemplo, público ou privado - ou uma pessoa - um médico, um religioso ou qualquer outro interessado em responsabilizar-se pela instituição. Assim, não vale dizer que só os espaços públicos têm que seguir a regra: todos que se proponham a prestar esse tipo de tratamento estão sujeitos ao que determina a Resolução. E mais: uma pessoa deve designar-se como responsável técnica pelo estabelecimento e deve ter curso superior completo na área de saúde ou da assistência social.

Penalidades
Tratando-se de uma Resolução - e não propriamente de uma lei - quem não cumpre as regras é penalizado de acordo com o que determina a Lei 6.437, de 20 de agosto de1977, pois não agiu de acordo com o determinado pela Vigilância Sanitária e, portanto, incorreu no que é chamado de "infração sanitária". A Vigilância se atribui a obrigação, inclusive, de fiscalizar essas instituições anualmente (para o que requer livre acesso às instalações). Está escrito no texto da Resolução. Se essa meta puder ser cumprida, isso significa que as entidades deverão manter também em ordem a documentação relacionada às licenças de funcionamento, prontuários de pacientes etc., pois qualquer irregularidade poderá significar infração.

O que são as comunidades terapêuticas
De acordo com o texto da Resolução, as comunidades terapêuticas são lugares onde se internam - em regime de residência ou por turnos - pessoas que precisem de serviços de suporte e terapia por uso ou abuso de substâncias psicoativas. Nesses locais, "o principal instrumento terapêutico é a convivência entre os pares", diferenciando o tipo de tratamento aplicado ali ao de uma psicoterapia individual, por exemplo, ou do oferecido num hospital geral. Na comunidade terapêutica, o interno convive com outras pessoas que estão nas mesmas condições que ele e com quem pode trocar experiências.

Avaliação
No momento da internação, o paciente deve ser avaliado segundo uma série de critérios descritos na Resolução e classificado de acordo com a gravidade de seu estado (muito dependente da droga e com grandes comprometimentos), com a sua motivação para se tratar de acordo com os danos que a droga já provocou em seu organismo e em sua mente. Além disso, o avaliador deve verificar quais são as condições familiares. Essa avaliação necessariamente tem que ser feita conforme os critérios descritos na Resolução e todos os dados registrados num relatório.

Quem pode se internar?
As comunidades terapêutica não podem recusar-se a atender uma pessoa pelo fato de que ela apresenta, além da dependência de drogas, alguma outra doença associada. Também não pode "escolher" tratar apenas um dos mais comprometidos ou apenas daqueles cujo comprometimento pelo uso de substâncias psicoativas ainda não é tão grave. Após uma avaliação diagnóstica, química e psiquiátrica, os resultados têm de ser anotados numa ficha de admissão. Quem apresenta comprometimento grave do organismo ou da psique deve, necessariamente encaminhado para um serviço especializado, ou seja, ao um hospital ou unidade de terapia intensiva, que possa cuidar de reverter os danos ao corpo, e/ou a um hospital psiquiátrico.
Crenças religiosas ou ideológicas também não são motivos para recusa da internação. Da mesma forma, ninguém pode ser ou permanecer internado contra a vontade nesse tipo de instituição - a menos que encaminhada por um mandado judicial - e todos os pacientes têm o direito de interromper o tratamento no momento que desejarem, exceto se estiverem em risco de vida (por intoxicação ou ameaça de suicídio, por exemplo) ou pondo em risco a vida de outros.

Regulamento Interno
Ao admitir um paciente, a instituição deve expor a ele e a seus familiares sobre suas normas de funcionamento, regime de internação e proposta de tratamento, já com uma previsão do tempo previsto para sua conclusão. Toda a rotina do horário de despertar, atendimento individual ou grupal, programas educacionais, etc., deve ser entregue por escrito. As atividades obrigatórias e opcionais, os critérios de alta e de acompanhamento após a alta também devem ficar bem claros nesse documento e o paciente ou responsável assinará um termo de concordância com o regulamento.

Instalações e Capacidade
As comunidades terapêuticas devem ter capacidade máxima de alojamento para 60 residentes, alocados em, no máximo duas unidades. Isso vale para instituições criadas a partir da data da Resolução. As que existiam anteriormente podem ter até 90 moradores em no máximo três unidades. As comunidades que também prestam atendimento médico devem estar de acordo com a legislação (e licenças de funcionamento) específicas. A Resolução faz uma sugestão das instalações ideais.

Medicamentos
Algumas vezes, é admitido um interno que já utiliza algum tipo de medicamento de venda controlada (psiquiátrico ou para tratamento de qualquer doença). A direção da comunidade terapêutica deve responsabilizar-se, nesses casos, pela guarda e administração do medicamento ao paciente. Nos casos em que a comunidade também presta atendimento médico de desintoxicação - em que, muitas vezes, são utilizadas substâncias psicoativas semelhantes ás drogas de abuso e que podem, portanto, provocar dependência quando usadas sem controle, a instituição deve ter licença de funcionamento específica e submeter-se a regulamento técnico próprio do Ministério da Saúde.

Direitos do Paciente
A Resolução da Anvisa descreve que todo paciente, durante a internação na comunidade terapêutica, tem direito:
- a exercer sua cidadania (votar, por exemplo)
- ao sigilo sobre suas condições clínicas e psíquicas
- a cuidados com sua segurança
- a alojamentos e higiene adequados
- a receber alimentação nutritiva
- a estar livre de castigos físicos, psíquicos ou morais
- ao livre exercício de sua espiritualidade
- ao cumprimento de recomendações médicas
- a ser encaminhado para outros serviços quando a comunidade não for capaz de resolver intercorrências
- a receber seus medicamentos de acordo com a prescrição médica

Revista Droga e Família - Órgão Oficial da Abrafam - Associação Brasileira de Apoio às Famílias de Drogadependentes

Abstinência

abstinência (dicionário)

        substantivo feminino
1.
ato de abster-se, de privar-se do uso de alguma coisa.

2.
p.ext. moderação ou sobriedade no comer, no beber e na vida sexual.



Segundo alguns dicionários, abstinência significa ação de abster, de se privar de alguma coisa. Esse ato de abster pode ser se privar de algum consumo, seja ele de comida, cigarro, drogas e outros.

O presente artigo trata da Síndrome de Abstinência de drogas. Àqueles que estão em tratamento de dependência química renunciam ao uso da substânciaviciante, no caso a droga. O ato de renuncia a droga pode causar sérias perturbações ao organismo dependente, desde alterações comportamentais até sensações físicas, a isso dar-se o nome de Síndrome da Abstinência.

Alguns sintomas são:
Sofrimento mental;
Sofrimento físico e
Mal-estar.


Os sintomas citados acima podem ocorrer em diversos graus de acordo com o vício adquirido, ou seja, de acordo com a droga causadora da dependência, que pode ser:
Álcool;
Cigarro;
Heroína;
Crack;
Cocaína;
Maconha, etc.

Os sintomas podem ser cada vez mais intensos, na medida em que o tempo de abstinência fica mais longo. O usuário pode ter convulsões, hiperatividade, tremores, insônia, alucinações visuais, táteis e auditivas, descontrole psicomotor e ansiedade.

A Síndrome pode se dividir em: SAA – Síndrome de Abstinência Aguda e a SAD – Síndrome de Abstinência Demorada. A primeira pode ocorrer na ausência do composto viciante entre 3 a 10 dias do último uso, já a segunda se difere nos sintomas, que podem ser visualizados entre a sobriedade do indivíduo ocorrendo no intervalo de meses ou até anos após o uso.

Alguns sintomas provenientes da SAD são: mente confusa, problemas de coordenação motora, problema de memória, reação emocional exagerada ou apatia e distúrbio do sono ou alteração. A SAD, portanto, é a mais severa e preocupante, pois dela pode resultar danos cerebrais importantes e até mesmo recaídas.


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Uso de drogas (Antes e depois)
























Saiba os riscos do uso de álcool, cigarro e drogas na gestação

O consumo de álcool, cigarro e drogas na gestação pode deixar sequelas graves no bebê. “O álcool atinge o feto durante todo o período da gestação, afetando várias estruturas importantes que trarão consequências para a criança. São lesões irreversíveis”, explica a pediatra Conceição Aparecida de Mattos Segre, coordenadora do grupo de trabalho sobre os efeitos do álcool na gestante, no feto e no recém-nascido da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

A bebida alcoólica é responsável pela Síndrome Alcoólica Fetal, que causa má-formação no feto. A criança nasce com nariz achatado, pálpebras pequenas, sem prega nasal, lábio superior muito fino e orelhas baixas. Além disso, o álcool acarreta problemas neurológicos, como déficit de atenção e hiperatividade. Os bebês nascem muito irritados, choram sem parar e chegam a tremer quando ouvem barulho.

Na fase escolar, têm muita dificuldade de aprendizado. “Os filhos de mães alcoolistas também têm maior tendência a usar álcool na fase adulta. É um círculo vicioso. Tornam-se pessoas de difícil socialização e delinquentes”, diz a pediatra.

A gestante viciada em álcool precisa fazer um pré-natal com especialistas que dão suporte psicológico adequado. “O profissional não pode estigmatizar essa mulher porque ela precisa sentir confiança no médico. Muitas vezes a gestante ingere álcool, mas não conta porque tem medo”, completa a especialista.

O ginecologista e obstetra Eder Viana de Souza, coordenador de obstetrícia do Amparo Maternal, instituição que oferece assistência à gestante, conta que foram observadas 180 grávidas atendidas no local e constatou-se que aquelas que consumiam álcool começavam, muitas vezes, a beber dentro de casa e até com os próprios pais.

Os efeitos do álcool não aparecem só na gestação. Durante a amamentação, a mulher também deve ficar longe de bebidas alcoólicas. Beber nesta fase pode deixar a criança sonolenta, sem conseguir mamar direito e com baixo peso e crescimento afetado.

O cigarro é outro vilão. A principal consequência na gestação é a restrição do crescimento intra-útero.

Drogas ilícitas
As drogas ilícitas também trazem muitos prejuízos para a saúde do bebê. Entre as drogas mais usadas no Brasil durante a gestação, estão a maconha, solventes, cocaína e crack, segundo o ginecologista e obstetra Eder Viana de Souza. “A dependência dessas mulheres é muito grande. Conheci no Amparo Maternal uma mulher que fugiu no primeiro dia pós-parto para se prostituir e usar maconha, e voltou no final do dia”, relata.

Bebês de mulheres viciadas em cocaína e crack nascem com síndrome de abstinência. Na grávida, a cocaína pode deixar a placenta baixa, podendo levar a hemorragias e sangramentos durante a gestação. A bolsa também pode romper precocemente e o bebê nascer prematuro.

Além da síndrome da abstinência, o filho de uma viciada em crack e cocaína pode sofrer de taquicardia, hipertensão, alterações comportamentais e dificuldade no aprendizado escolar na primeira infância.

Os solventes, que também são bastante usados porque são baratos, causam alteração no crescimento durante a gravidez. O bebê nasce com a fenda palpebral mais estreita e lábio superior mais fino.

Já maconha na gestação pode causar alterações neurocomportamentais e cognitivas, alterando o desenvolvimento da criança. “É preciso lembrar que isso é um fenômeno psicossocial. A gestante que é viciada em drogas precisa ter um pré-natal feito não só por um obstetra, mas também por psicólogo e psiquiatra.”


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O adolescente e as Drogas

A adolescência e uma fase do desenvolvimento humano em que ocorrem muitas mudanças, é uma fase conflituosa da vida devido às transformações físicas e emocionais vividas. Surge a curiosidade, os questionamentos, a vontade de conhecer, de experimentar o novo mesmo sabendo dos riscos, e um sentimento de ser capaz de tomar as próprias decisões. É o momento que o adolescente procura sua identidade, não mais se baseando nas orientações dos pais, mas  também nas relações que constrói principalmente com o grupo de amigos.

Para a grande maioria dos jovens, ter experiências novas (lugares, músicas, amigos e também drogas) não necessariamente trará problemas permanentes, e muitos se tornarão adultos saudáveis. Mas há jovens que passam a ter problemas a partir dessas experiências,e por conta disso a adolescência é um periodo de risco para o envolvimento com as drogas.

   

Ao menos em parte, os riscos podem ser atribuídos às próprias características da adolescência tais como:

  • necessidade de aceitação pelo grupo de amigos
  • desejo de experimentar comportamentos visto como "de adultos"
  • sensação de onipotência "comigo isso não acontece"
  • grandes mudanças comportamentais gerando insegurança
  • aumento da impulsividade
A curiosidade natural dos adolescentes é um dos fatores de maior influência na experimentação de álcool e outras drogas, assim como a opinião dos amigos. Essa curiosidade o faz buscar novas sensações e prazeres, o adolescente vive o presente e na sua busca por realizações imediatas  o efeito das drogas vai  de encontro a isto, proporcionando prazer  imediato.

O modismo é outro aspecto importante relacionado ao uso de substâncias entre adolescentes, pois reflete a tendência do momento, e os adolescentes são particularmente vulneráveis a estas inflluências. Afinal estão saíndo da infância e começando a sentir o prazer da liberdade nas pequenas coisas, desde a escolha de suas próprias roupas, e atividades de lazer, até a definição de qual será seu estilo.  A pressão da turma, o modelo dos ídolos e os exemplos que os jovens tiveram dentro de casa.


O papel da família na formação do adolescente

A família, por sua vez, pode atuar com o um fator de risco ou protetor para o uso de substância psicoativas. Filhos de dependentes de álcool e drogas apresentam risco quatro vezes maior de também se tornarem dependentes.

   

Mas o desenvolvimento da dependência irá depender da interação de:

  • aspectos genéticos
  • características de personalidade
  • fatores ambientais, que poderão ser protetores ou até mesmo de risco para o uso de drogas
É de fundamental importância o papel da familia na formação do adolescente. é função da família fazer com que a criança aprenda a lidar com limites e frustrações.

Crianças que crescem em um ambiente com limites e regras claras, geralmente são mais seguras e sabem o que podem e o que não podem fazer. Quando se deparam com um limite, sabem lidar com a  frustração.

Crianças criadas sem regras claras, buscam testar os limites dentro de casa, adotando um comportamento desafiador com os pais e, posteriormente, ao entrar na adolescência, repetem esse mesmo comportamento desafiador fora de casa. Além disso por não estarem acostumados a regras e limites, não aceitam quando estes lhe são impostos.

Alguns estudiosos afirmam que adolescentes desafiadores e que não sabem lidar com frustrações, apresentam maior risco para o uso de drogas.

Por outro lado, o monitoramento por parte dos pais  e um bom relacionamento entre eles, é um importante fator de proteção em relação ao uso de drogas.

   




Fatores internos

Dentre os  fatores internos que podem facilitar o uso de álcool e drogas pelos adolescentes se destacam:

  • insatisfação
  • insegurança
  • sintomas depressivos
Os jovens precisam sentir que são bons em alguma atividade, sendo que este destaque representará sua identidade e sua função dentro do grupo. O adolescente que não consegue se destacar, seja nos esportes, estudos, relacionamentos sociais, dentre outros, ou que se sente inseguro quanto ao seu desempenho, pode buscar nas drogas a sua identificação, além de empurrá-lo para experimentar atividades nas quais ele se sinta mais seguro.

Os sintomas depressivos na adolescência,  são por um lado normais, em virtude das grandes mudanças biológicas e psíquicas, mas  muitas vezes podem apresentar fator de risco. O jovem que está triste ansioso ou desanimado, pode buscar atividades ou coisas que o ajudem a se sentir melhor. Neste sentido as drogas podem proporcionar, de forma imediata, uma melhora ou alívio a esses sintomas. Quanto mais impulsivo e menos tolerante  à frustração for o adolescente, maior será esse risco.

Alguns estudos mostram que adolescentes que apresentam sintomas depressivos (se isolam da família e amigos, sentem-se infelizes, descontentes e incompreendidos, com baixa auto-estima) passam mais rápido da fase de experimentação para o abuso e, consequentemente, para a dependência.

   


Outros aspectos importantes em relação os uso de drogas na adolescência

  1. É no periodo entre a adolescência e o início da idade adulta que ocorrem os maiores níveis de experimentação e problemas  relacionados ao uso de álcool e outras drogas.
  2. Muitos jovens, apesar do pouco tempo de uso de substâncias, passam muito rapidamente de um estágio de consumo para outro, além de fazerem o uso de várias substâncias ao mesmo tempo. Por outro lado, uma grande parcela deles diminui significativamente o consumo no início da fase adulta, para edequar-se às obrigações da maturidade, (trabalho, casamento e filhos).
  3. Vários estudos demonstram que quanto mais cedo se inicia o uso de drogas, maior a chance de desenvolvimento de dependência

Principais fatores de risco no período da adolescência
  • grande disponibilidade de drogas
  • maior tolerância em relação ao consumo de algumas substâncias
  • Estresse gerado por conflitos familiares e falta de estrutura familiar como: pais distantes, dificuldade dos pais estabelecerem limites para o adolescente, mudanças significativas (de cidade, perda de um dos pais)
  • características de personalidade: baixa auto-estima, baixa auto-confiança, agressividade, impulsividade, rebeldia, dificuldade de aceitar ser contrariado
  • transtornos psiquiátricos: de conduta, de hiperatividade e déficit de atenção, depressão, ansiedade e outros transtornos de personalidade.


   


Uma palava aos pais

Ao descobrirem que o filho adolescente está usando drogas, alguns pais tendem a se sentirem culpados, questionando-se onde erraram na educação do filho, o motivo de tal fato estar acontecendo com eles já que nunca deixaram faltar nada em casa. Outros pais buscam a internação de seus filhos esperando um método de cura imediata. Há alguns que recebem a notícia acusando o grupo social a qual o filho pertence. A tentativa de ajudar o filho e redimir a culpa transforma um problema, possivelmente passageiro e de solução possível, numa tragédia que afeta violenta mente a vida da família e do jovem.
Há alguns casos em que se torna comum às famílias terem em casa uma "farmacinha" com analgésicos, calmantes, na qual as pessoas vão tomando, muitas vezes sem prescrição médica, pensando numa solução química para os seus problemas ou simplesmente para relaxar.
Há ainda o álcool que costuma ser usado no diminutivo como cervejinha, uisquinho entre outros, como forma de amenizarem os seus males. Esses elementos não são encarados como drogas. E para o filho ver o pai se embriagar e a mãe se dopar com calmantes se torna normal.
Diálogo: o melhor caminho
Procure dialogar com seu filho, uma conversa franca pode ter resultados além do esperado. Lembre-se não humilhe seu filho, sarcasmo e huminhação são armas poderosas, que podem ferir, de modo profundo, a auto estima dos adolescentes. Amedrontar também não é o melhor caminho.
Além de manter a calma, tente abrir espaço para reflexão. Seja franco e honesto mas não raivoso. Expresse preocupações e mágoa, se for o caso. Transmita seus sentimentos e convide-o a refletir.



Dê espaço para que ele se expresse, dê tempo para que ele pense ("você quer pensar nisso que eu te falei e conversar mais tarde? Depois a gente conversa de novo sobre isso, pois eu gostaria muito de saber sua opinião"). 

Transporte Casa Vida

O transporte é realizado em carro próprio com equipe composta de motorista especializado, enfermeiro e técnicos em apoio ao paciente


Comunidade Casa Vida, tratamento para dependência Química (Álcool e Drogas) Entre em contato conosco pelos telefones:
(11) 4717-1690 / (11) 4717-1514 (11) 94190-4879 vivo / 97267-1494 vivo Watts
Nosso endereço: Estrada Nova Caete nr 583 - bairro da serrinha - São Roque/SP -
E-mail: contatocasavida@yahoo.com.br

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Quem somos (Equipe Casa Vida)


A Casa Vida é um local especializado na internação para o tratamento da dependência química e alcóolica, priorizando o resgate da dignidade, autoestima, valores familiares e qualidade de vida do dependente químico e alcoolista, através de uma abordagem humana, permeada por uma sólida base técnica, que durante o tratamento irá conduzir o paciente à superação de seu problema e retornar ao convívio familiar e social de forma produtiva.

MISSÃO
Promover o resgate da qualidade de vida através de tratamento multidisciplinar especializado, possibilitando a superação dos danos biopsicossociais e a reinserção social do dependente químico e alcoólico , despertando e desenvolvendo as suas potencialidades.

VISÃO
Buscar de forma contínua a excelência, nos tornando referencia de qualidade, humanização e resultados positivos no tratamento da dependência química e alcoólica .

VALORES
• Ética
• Profissionalismo
• Valorização da Vida
• Humanização do tratamento
• Respeito a individualidade
• Responsabilidade social

Krokodil – A droga que apodrece o corpo


Krokodil – A droga que apodrece o corpo
droga apodrece carne


As autoridades sanitárias e os serviços de segurança do estado do Arizona alertam para o aparecimento de um novo tipo de droga caseira que degrada rapidamente o corpo humano e pode levar uma pessoa a morte em poucos anos.

Só no Arizona já foram registrados dois casos, os primeiros registrados no território americano, colocando as autoridades dos EUA em alerta.

Desomorfina, conhecida na Rússia como “krokodil” (crocodilo) é uma droga extremamente tóxica preparada a base de comprimidos de codeína, que mistura gasolina, solvente, ácido clorídrico, Iodo e fósforo vermelho. O nome da droga se deve as escamas, parecidas com a dos crocodilos, que aparecem na pele das pessoas que o consomem.

O consumo da droga leva a aparição de graves úlceras e erosões na pele que deixam os ossos expostos, isto é, apodrece a carne do corpo. Depois de um mês os danos são irreversíveis.

A maior ameaça relacionada a essa droga é o seu baixo custo e seu alto nível de causa de dependência (apenas uma ou duas aplicações para que a pessoa fique viciada). O efeito do “crocodilo” é tão devastador que chega a superar os danos causados pela heroína, podendo levar uma pessoa a morte em dois ou três anos.

O uso e a industrialização do “crocodilo” está se espalhando para os países vizinhos da Rússia e Europa. Em dezembro de 2.011, médicos poloneses da Universidade de Medicina na Silésia, informaram que pelo menos uma pessoa morreu por uso do “crocodilo” em Varsóvia, enquanto outros casos se confirmaram na Alemanha, República Checa, Ucrânia, França, Bélgica, Suécia e Noruega.

Seus efeitos colaterais são bizarros. Ela causa necrose no local onde é aplicada, expondo ossos e músculos. Casos de viciados precisando de amputação ou da limpeza de grandes áreas apodrecidas em seus corpos são cada vez mais comuns.

Krokodil é um substituto para uma droga de alto valor, a heroína. O princípio ativo do Krokodil, é a “desomorphine” que é vendida em alguns países da Europa (especialmente a Suiça) como substituto da morfina e é conhecida pela farmacologia desde 1932. A desomorphine é de 8 a 10 vezes mais potente do que a morfina. Trata-se de um opiáceo sintético que possui estrutura quase idêntica à da heroína.

DEPENDÊNCIA DE DROGAS É DOENÇA!

DEPENDÊNCIA DE DROGAS É DOENÇA!

Durante muitos anos e na maioria dos povos e culturas o uso abusivo de álcool e de outras drogas foi considerado falha de caráter, vício. Essa idéia dificultava muito o tratamento dos doentes, uma vez que a dependência química não era vista como problema de saúde.
Nem todos os usuários de drogas se tornam dependentes. Alguns seguem consumindo de vez em quando, enquanto outros não conseguem se controlar, usando a droga de forma abusiva. Ainda não se conhecem todas as causas da dependência e por isso não dá para saber, entre as pessoas que começam a usar drogas, quais serão usuários ocasionais e quais se tornarão dependentes.
Sabe-se que a pessoa se torna dependente possivelmente devido a uma memória que a droga cria no cérebro, ligada a situações emocionais e ambientais (familiares, sociais). Nessas situações, através de mecanismos desconhecidos, o indivíduo sente necessidade da droga.
Também uma maior predisposição biológica, que faz com que as drogas causem efeitos diferentes sobre o cérebro de cada usuário, tornando uns mais propensos à dependência que outros, pode explicar, em parte, o uso abusivo.
Há ainda a predisposição genética. Sabe-se, por exemplo, que a incidência de alcoolismo em filhos de pais alcoólatras é de três a quatro vezes maior do que entre os filhos de não-dependentes.
Na Classificação Internacional das Doenças (CID), a dependência de álcool e de todas as substâncias psicoativas está na categoria "transtornos mentais de comportamento", sendo considerada uma doença crônica e recidivante (o doente tem recaídas), caracterizada pela busca e consumo compulsivo de drogas.

Qual o papel da família no tratamento do dependente químico ou alcoólico?

Qual o papel da família no tratamento do dependente químico ou alcoólico?

O surgimento da dependência química ou alcoólica afeta diretamente o equilíbrio e o funcionamento da estrutura familiar. É natural que neste momento surjam muitos sentimentos, dúvidas, medos e até vergonha. A família sente-se perdida e muitas vezes sem saber por onde começar.
Se você e sua família está neste ponto, é porque a ajuda profissional é necessária. Conhecendo melhor a doença e tendo um diagnóstico claro, a família sente-se menos angustiada e passa a ser um aliado eficiente no tratamento. Este é um aspecto fundamental que a Clínica Up Life desenvolve com as famílias antes, durante e depois da internação.
O papel da família é importantíssimo em todas as fases do processo terapêutico, porém é fundamental no início do tratamento onde o paciente ainda não percebe claramente que aquilo que acontece com ele é decorrente de uma doença, pois em muitos casos, perdeu completamente a capacidade de reconhecer os danos que sua dependência de drogas ou álcool traz para si mesmo e para todos aqueles que os cercam. Neste ponto, cabe a família tomar a decisão de como deve iniciar o tratamento.
A família que busca uma internação para tratamento da dependência química ou alcoólica deve estar ciente que durante o processo da internação deverá participar ativamente, não apenas acompanhando a evolução terapeutica, mas também frequentando grupos de apoio como o Amor Exigente, NAR-Anon ou Al-Anon.
Este comportamento aumentará muito as chances de sucesso do tratamento, pois o paciente encontrará, em seu retorno social, um ambiente familiar equilibrado e preparado para lhe auxiliar, orientar e o apoiar a superar as dificuldades de estabelecer um novo modo de vida sem drogas. A recuperação é um processo longo, no entanto combinando varias abordagens os resultados tornam-se efetivos e a reinserção na sociedade torna-se uma realidade.

INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA E INVOLUNTÁRIA - QUANDO O DEPENDENTE JÁ PERDEU A CAPACIDADE DE DECIDIR.

INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA E INVOLUNTÁRIA - QUANDO O DEPENDENTE JÁ PERDEU A CAPACIDADE DE DECIDIR.

Um balanço de dois anos e meio de funcionamento do serviço que permite a internação compulsória para tratamento de dependentes de drogas da Cracolândia, montado pelo governo do Estado em parceria com o Poder Judiciário, mostra que ele tem dado resultados satisfatórios. E que muito ainda se pode esperar dele, em conjunto com outras ações nas áreas de saúde, assistência social e segurança, que contemplam os vários aspectos da grave e complexa situação que se vive nessa região da cidade.
A média desse tipo de internação é de uma a cada 16 horas, num total de 1.378, desde que o serviço foi instalado em 21 de janeiro de 2013 até 2 de agosto deste ano, como mostra reportagem do Estado com base em dados da Secretaria Estadual da Saúde. A imensa maioria delas, 1.359, se deu por decisão da família do dependente e com base em parecer médico. As outras 19 foram decididas pelos juízes que atuam no serviço, igualmente tendo como base a opinião de médicos.
O número de internações voluntárias, com o consentimento dos dependentes, foi bem maior, de 8.792, numa clara demonstração de que as demais foram realmente casos especiais, nos quais se esgotam todos os demais recursos existentes para a recuperação. Não tinha fundamento o temor manifestado por alguns críticos apressados, ou tomados por excesso de zelo, de que esse serviço poderia levar a uma política repressiva, que agrediria os direitos e a liberdade dos dependentes, além de não ser eficaz.
Ao contrário, o que se confirma a cada dia é que existe mesmo um bom número de dependentes de drogas, especialmente o crack, que perdem a capacidade de decidir por si o que mais lhes convém para se libertar do vício. As famílias desses dependentes sabem disso melhor do que ninguém, por sofrida experiência, e, por essa razão, a quase totalidade das internações compulsórias se dá a seu pedido.
Lembra o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, renomado especialista e coordenador do programa estadual de combate à dependência de drogas Recomeço, que a internação é só uma das partes do tratamento oferecido: “É preciso dissipar a ideia de que a gente só interna. Nós temos uma linha de cuidado com etapas de reinserção, assistência social, apoio à família. Só que muitos dependentes são doentes crônicos graves e precisam, eventualmente, ir para clínicas de desintoxicação”. Também para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, há casos em que a internação involuntária é mesmo necessária.
Embora o histórico da Cracolândia recomende cautela, quando se trata de avanços na solução do problema, é positiva a nova postura da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que parece disposta a aumentar sua participação no esforço para reprimir o tráfico, ao lado da Polícia Militar (PM). Para isso, ela mais do que dobrou o seu efetivo na região, que passou de 100 para 250 agentes atuando 24 horas por dia.
Em torno do “fluxo”, como é chamada a aglomeração dos dependentes, foram montados três círculos de isolamento na tentativa de facilitar a apreensão tanto de drogas como de materiais para a construção de barracos nas ruas. Ao passar por esses círculos, todas as pessoas são revistadas, uma prática que agora se intensifica.
Embora a ênfase da Prefeitura seja o polêmico programa De Braços Abertos - que busca a reabilitação dos dependentes, entre outras coisas, com o oferecimento a eles de moradia em hotéis da região e o pagamento por serviço de limpeza, sem exigir que deixem o vício -, ela vem adotando mais discretamente, porque isso lhe parece menos simpático, medidas voltadas para a segurança. Uma delas foi o acordo firmado com a Secretaria da Segurança Pública, no começo do ano, para a troca de informações entre a PM e GCM, que tem câmeras instaladas em vários pontos da Cracolândia.

O reforço, ao mesmo tempo, dos serviços médicos e de assistência social para os dependentes e do combate ao tráfico é essencial para a solução do problema.

SPICE

VAMOS FICAR ATENTOS!!!!!!!


"SPICE", A NOVA DROGA DOS EUA COM ASPECTO DE MACONHA E CHEIRO DE FRUTAS 
Revista Época Negócios
CONHECIDA NAS RUAS COMO "K2", "FOGO DE IUCATÃ", "GENIE" E "MUMBAI BLUE", A DROGA É APRESENTADA DE FORMA ATRATIVA E INOFENSIVA COM DIFERENTES SABORES E PACOTES COLORIDOS, SIMILARES AOS DOS DOCES
A NOVA DROGA SPICE : ANUNCIADA COMO "INCENSO" OU "POT-POURRI" EM PACOTES COLORIDOS
Com cheiro de morango ou melancia e aspecto similar à maconha, o "spice" se tornou uma das novas drogas sintéticas mais consumidas pelos americanos que subestimam a periculosidade da substância, anunciada como "incenso" ou "pot-pourri" em pacotes coloridos.
Com um preço de US$ 25 por 3,5g, o consumo de spice se multiplicou nos últimos anos e, com ele, o número de pessoas que sofrem vômitos, espasmos, alucinações ou episódios psicóticos, conforme informou à Agência Efe um dos porta-vozes da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, sigla em inglês), Eduardo A. Chávez.
"Conversei com viciados em heroína que dizem que preferem consumir heroína ou metanfetamina antes de se aventurar para ver o que o spice pode fazer com o corpo. Se um viciado em heroína não quer usar drogas sintéticas porque tem medo de como será a reação, isso já deve dizer tudo sobre a periculosidade dessa droga", destacou o representante da agência.
Chávez, que durante três anos investigou o tráfico de spice na unidade da DEA no estado americano de Novo México, alertou sobre as perigosas mutações químicas que a droga sofreu desde que apareceu nos EUA há cinco ou seis anos, quando seus componentes eram similares ao THC (tetrahidrocannabinol, principal componente ativo da maconha).
Com os rótulos de "incenso" ou "pot-pourri", a droga era vendida em postos de gasolina e lojas de cachimbos, trituradores, vaporizadores e todos os tipos de utensílios para fumar maconha.
Quando a droga foi considerada ilegal e o DEA começou a perseguí-la, o spice passou a ser vendido nos mesmos becos da heroína e da metanfetamina, além de se esconder das prateleiras nas lojas que antes o vendiam devido à ausência da legislação. Agora é necessário usar uma "palavra mágica" para comprar a droga em lojas.
"Não basta chegar a uma loja e dizer que quer um grama de spice. Existe um código", explicou Chávez, que explicou que o consumo da droga começa em jovens de 14 a 16 anos, mas se estende até idosos e não distingue entre zonas rurais ou grandes centros urbanos, como Los Angeles ou Nova York.
Apesar de não existir um perfil específico de consumidor, o mercado de spice - conhecido nas ruas como "K2", "fogo de Iucatã", "Genie" e "Mumbai Blue" - visa os jovens, para os quais é apresentado de forma atrativa e inofensiva com diferentes sabores e pacotes coloridos, similares aos dos doces.
Entre as diferentes marcas, os destaques no mercado são "Scooby Snacks", com a foto do desenho Scooby-Doo, e "Bizarro", que tem nome inspirado nos inimigos de Super-Homem nas histórias em quadrinhos e conta com embalagens de cor púrpura marcadas com a letra "S".
"O problema é que, por ser uma droga sintética, uma pessoa não tem como saber de que forma ela vai afetar o corpo. Uma pessoa pode consumí-la, ficar um tempo drogada e, de repente, sofrer efeitos nefastos depois de alguns minutos", analisou o agente da DEA.
Durante os oito primeiros meses de 2015, os centros de controle de intoxicação e envenenamento dos EUA receberam mais de 5,7 mil ligações de emergência para pedir informação sobre como agir diante de uma overdose de spice, número superior ao de 2014, quando 3.682 pessoas recorreram a esses centros, segundo dados oficiais.
A droga já prejudicou famílias como a de Connor Eckhardt, um jovem de 19 anos que morreu após consumir um charuto de spice, o que resultou uma campanha em nível nacional para alertar sobre os riscos das drogas sintéticas e pedir políticas mais duras às autoridades.
Segundo Chávez, os fabricantes compram as substâncias químicas pela internet e as importam de laboratórios da China, que camuflam a droga como "vitaminas" ou "tinta para impressora" para driblar os controles alfandegários dos portos de Los Angeles, San Francisco e aeroportos, como o John F. Kennedy de Nova York.
Com esses compostos químicos, acetona, sabores sintéticos e folhas secas de damiana, os fabricantes conseguem produzir grandes quantidades de spice sintética em laboratórios clandestinos, muitos escondidos no Centro-Oeste dos EUA.
"Lembro que, sempre que entrava em uma casa ou um lugar onde estavam fabricando drogas sintéticas, o cheiro era como uma explosão de doces. Parecia como se uma fábrica de morangos tivesse explodido, o cheiro que colocam na droga é poderoso", ressaltou Chávez.

A fabricação de spice com produtos químicos de origem desconhecida torna a droga um coquetel molotov, com cheiro de frutas e gerador de paranoias, pensamentos suicidas e um empecilho para a saúde, cujo efeito a longo prazo ainda não foi descoberto.

domingo, 13 de setembro de 2015

Casa Vida (tratamento de Álcool e Drogas)

Casa Vida (tratamento de Álcool e Drogas) 
 
 Nosso objetivo é a reintegração do indivíduo à sociedade, consciente de sua realidade e de suas impotências perante ao mundo. Oferecemos um programa terapêutico, psicoespiritual de recuperação cujo o prazo minimo é de 6 meses (seis meses).

Metodologia:
- Reuniões de 12 passos (AA e NA)
- Videoterapias 
- Espiritualidade
- Temáticas
- Laborterapia
- Dinâmica em grupo
- Atendimento individual


Equipe:
- Médico
- Psicologo
- Terapeuta
- Conselheiros
- Enfermagem 24 horas


CENTRO TERAPÊUTICO CASA VIDA


Equipe e pacientes em frente a Capela.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Musicoterapia como parte do tratamento da dependência química


Musicoterapia como parte do tratamento da dependência química



Os benefícios da musicoterapia no tratamento para dependentes químicos são inúmeros. Segundo a musicoterapeuta da Clínica Nova Esperança, Ana Paula Chizzolini Cervellini, a música é capaz de restabelecer o equilíbrio emocional, o convívio social, a identidade, o estímulo da memória e atenção, a promoção da organização, autonomia e autoexpressão, além de proporcionar momentos de prazer e descontração e aumentar a consciência de si mesmo.


Uma variedade grande de atividades é realizada nos grupos, como improvisações com instrumentos musicais, relaxamento, reflexão sobre a letra das canções, e também atividades de consciência corporal.

Os pacientes reagem bem, pois, no geral, o dependente químico é muito criativo. Uma das atividades marcantes foi a paródia da música “Rehab” da cantora Amy Winehouse, que faleceu devido o excesso de álcool. "Nós já fizemos algumas músicas, inclusive composições próprias. A paródia de "Rehab" ganhou o apoio do estúdio Beethoven Haus, que ofereceu a gravação”.

Cervellini explica que a paródia consiste em utilizar uma canção que já existe e modificar a letra. "Muita gente pensa que paródia é uma versão engraçada de uma música, mas não necessariamente. Na musicoterapia nós a utilizamos para ressignificar uma canção ou para falar de algum sentimento importante para o paciente ou para o grupo", explica.

A história dessa última paródia foi marcante, pois os pacientes pediram "Rehab" para ouvirem na sessão, mas como uma brincadeira, pois na letra a cantora fala que tentaram levá-la para a reabilitação, mas ela disse que não. Então, ao ouvirem a música, foi proposto que eles fizessem uma paródia contando a história de quem se tratou e está abstinente e vivo, ao contrario da cantora.


Confira: VÍDEO

PROGRAMA DE DOZE PASSOS

O programa de Doze Passos (twelve-step program) é um programa criado nos Estados Unidos em 1935 por Bill W. e Dr. Bob S., inicialmente para o tratamento do alcoolismo e mais tarde estendido para praticamente todos os tipos de dependência química. É a estratégia central da grande maioria dos grupos de Multua-ajuda para o tratamento de dependências químicas ou compulsões, sendo mais conhecidos no Brasil os Alcoólicos Anônimos (e grupos relacionados como Al-Anon/Alateen, voltados às famílias de alcoólatras) eNarcóticos Anônimos.
Hoje há outras organizações e movimentos que adoptaram um método idêntico, de igualmente "doze passos", para diferentes "tratamentos" nomeadamente o Movimento da Transição para a "recuperação" das cidades e populações no geral.


OS DOZE PASSOS

1º. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

2º. Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

3º. Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

4º. Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

5º. Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

6º. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

7º. Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

8º. Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

9º. Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando faze-lo pudesse prejudica-las ou a outras.

10º. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

11º. Procuramos, através de prece e meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

12º. Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.




Fonte: clique aqui

Toxicomania




O termo toxicomania deriva de duas palavras gregas: toxikon (veneno) e mania (loucura). Portanto pode-se definir toxicomania como sendo a mania de consumir uma ou mais substâncias químicas e tóxicas. Em um sentido mais abrangente podemos definir a toxicomania como um distúrbio do qual o indivíduo sente uma vontade avassaladora de consumir drogas (cocaína, êxtase,afentamina, etc.) e outras substâncias químicas como o álcool e o cigarro, tornando-se dependente químico, uma vez que precisa de doses progressivamente maiores para suprir suas necessidades.

A toxicomania pode ser definida também como um problema social. As famílias possuem um papel fundamental na formação da personalidade de indivíduos e em transmitir os valores essenciais da convivência humana. Quando não cumprem este papel contribuem para o aparecimento de pessoas desestruturadas e susceptíveis as influências negativas dos meios sociais. O indivíduo sem uma base familiar é facilmente atraído por grupos de pessoas que utilizam a droga como meio de obter prazer pleno e segurança para estar em um mundo cheio de complicações.

Pessoas depressivas, indecisas e com doenças graves como o câncer e a AIDS tendem a buscar nas substâncias químicas uma forma de amenizar suas dores e problemas do dia a dia. Adolescentes também são facilmente influenciados a ingerirem e ficarem dependentes, por às vezes sofrer pressão familiar sobre que tipo de carreira seguir, por lidar com as transformações em seus corpos e ate mesmo com a sua sexualidade, afinal, vivem uma fase de transição para a vida adulta e muitos não sabem lidar com isto. Buscam as respostas de suas indecisões e medos através das substâncias químicas.

Este transtorno que causa dependência, abuso, intoxicação e abstinência por determinadas substâncias químicas, transforma a vida dos toxicômanos radicalmente para pior. Existe uma falsa sensação de conforto por parte dos toxicômanos que com a ingestão de certas substâncias tentam apaziguar seus sofrimentos, medos e angústias e ficam cada vez mais toxicodependêntes. Outros já utilizam as substâncias químicas por serem parte de um grupo que as consomem. Como no caso de certas bandas de rock do qual é comum o consumo de drogas por seus integrantes.

Os sintomas mais comuns dos toxicômanos são o irresistível desejo de consumir e continuar consumindo a substância química e obtê-la por qualquer meio, aumentar progressivamente as doses para conseguir sentir a sensação anterior com mais intensidade, ficando assim, cada vez mais dependentes dos efeitos da substância. Muitos ainda possuem problemas comportamentais tornando-se agressivos e depressivos.

Se para as pessoas normais é difícil abdicar de alguns vícios do dia a dia, como hábitos alimentares não saudáveis (frituras, doces, refrigerantes, etc.), tirar a substância química do toxicômano não é tarefa fácil. Por isto precisam de apoio familiar, terapias e abandono da substância dependente. É um processo demorado que requer esforço e dedicação, pois o indivíduo terá crises de abstinência até poder chegar a um nível em que viver sem sua droga seja suportável.



Fontes:
clique

Sinais de uso da Maconha




quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Oração da Serenidade

Oração da Serenidade


Deus,

Conceda-me a serenidade
Para aceitar aquilo que não posso mudar,
A coragem para mudar o que me for possível
E a sabedoria para saber discernir entre as duas.
Vivendo um dia de cada vez,
Apreciando um momento de cada vez,
Recebendo as dificuldades como um caminho para a paz,
Aceitando este mundo cheio de pecados como ele é, assim como fez Jesus, e não como gostaria que ele fosse;
Confiando que o Senhor fará tudo dar certo
Se eu me entregar à Sua vontade;
Pois assim poderei ser razoavelmente feliz nesta vida
E supremamente feliz ao Seu lado na outra. Amém.

Reinhold Niebuhr

O que é a dependência Química?

A dependência química é definida pela 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS), como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância. A dependência pode dizer respeito a uma substância psicoativa específica (por exemplo, o fumo, o álcool ou a cocaína), a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo, substâncias opiáceas) ou a um conjunto mais vasto de substâncias farmacologicamente diferentes.


Causas:
A dependência química é uma doença crônica e multifatorial, isso significa que diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso da substância, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais.

Muitos estudos buscam identificar características que predispõe um indivíduo a um maior risco de desenvolver abuso ou dependência. Em relação ao álcool, por exemplo, estima-se que os fatores genéticos expliquem cerca de 50% das vulnerabilidades que levam o indivíduo a fazer uso pesado de álcool - principalmente genes que estariam envolvidos no metabolismo do álcool e/ou na sensibilidade aos efeitos dessa substância, sendo que filhos de alcoolistas possuem quatro vezes mais riscos de desenvolverem alcoolismo, mesmo se forem criados por indivíduos não-alcoolistas. Além disso, fatores individuais e aspectos do beber fazem com que mulheres, jovens e idosos sejam mais vulneráveis aos efeitos das bebidas alcoólicas, o que o colocam em maior risco de desenvolvimento de problemas.



Fatores de Risco:

Determinadas características ou situações podem aumentar ou diminuir a probabilidade de surgimento e/ou agravamento de problemas com o álcool e outras drogas. Essas situações são conhecidas como fatores de risco e proteção.

No entanto, os fatores de risco não são necessariamente iguais a todos os indivíduos e podem variar conforme a personalidade, a fase do desenvolvimento e o ambiente em que estão inseridos. Entre eles, pode-se destacar:
Fatores de risco: genética, transtornos psiquiátricos (ex: transtornos de conduta), falta de monitoramento dos pais, disponibilidade do álcool
Fatores protetores: religião, controle da impulsividade, supervisão dos pais, bom desempenho acadêmico, políticas sobre drogas.



Sintomas de Dependência Química:


Alguns dos sintomas da dependência química são:
Desejo incontrolável de usar a substância
Perda de controle (não conseguir parar depois de ter começado)
Aumento da tolerância (necessidade de doses maiores para atingir o mesmo efeito obtido com doses anteriormente inferiores ou efeito cada vez menor com uma mesma dose da substância)

Sintomas de abstinência:
Sudorese
Tremores
Ansiedade quando a pessoa está sob efeito da droga


Buscando ajuda médica:


É importante que o indivíduo com dependência química procure ajuda com profissionais da saúde quando ocorrem situações nas quais a substância está influenciando negativamente a saúde física e/ou rotina, funções acadêmicas e/ou profissionais e as relações pessoais.

Diagnóstico de Dependência química:


Os critérios do “Manual Estatístico e Mental de Transtornos Mentais” (4ª edição; DSM-IV), da Associação Americana de Psiquiatria, e “Classificação Internacional de Doenças” (10ª edição; CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS) são os mais comumente empregados para o diagnóstico dos transtornos relacionados ao uso de substâncias.

Variados questionários de autopreenchimento (tais como ASSIST, CAGE, AUDIT) e testes sanguíneos também têm sido empregados, em contexto clínico, com tais fins, mas não podem ser considerados como substitutos de uma cuidadosa entrevista clínica. Existem ainda alguns exames (marcadores biológicos) que são indicadores fisiológicos da exposição ou ingestão de drogas, e podem auxiliar no diagnóstico e no tratamento.

No caso do álcool, por exemplo, é possível citar o alanina aminotransferase (ALT), volume corpuscular médio (VCM) e o gama-glutamiltransferase (GGT). É importante também realizar um exame físico e atentar-se a sinais e sintomas que podem auxiliar na identificação do problema, como por exemplo sintomas de abstinência, hipertensão leve e flutuante, infecções de repetição, arritmias cardíacas não explicadas, cirrose, hepatite sem causa definida, pancreatite, entre outras.

Quando o paciente é diagnosticado, é importante que além do tratamento para a dependência química, o indivíduo também tenha acompanhamento clínico para garantir a melhora de sua saúde como um todo.



Tratamento de Dependência química:


O tipo de ajuda mais adequado para cada pessoa depende de suas características pessoais, da quantidade e padrão de uso de substâncias e se já apresenta problemas de ordem emocional, física ou interpessoal decorrentes desse uso.

A avaliação do paciente pode envolver diversos profissionais da saúde, como médicos clínicos e psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, assistentes sociais e enfermeiros. Quando diagnosticada, a dependência química deve contar com acompanhamento a médio-longo prazo para assegurar o sucesso do tratamento, que varia de acordo com a progressão e gravidade da doença.



Convivendo/ Prognóstico:


A dependência química geralmente representa um impacto profundo em diversos aspectos da vida do indivíduo e também daqueles que estão ao seu redor. Dada a sua complexidade, é interessante que os programas de tratamento sejam multidisciplinares para atender às diversas necessidades do paciente (aspectos sociais, psicológicos, profissionais e até jurídicas, conforme demonstrado em diversos estudos), sendo mais eficaz na alteração dos padrões de comportamentos que o levam ao uso da substância, assim como seus processos cognitivos e funcionamento social.

Para manter-se livre das drogas, o indivíduo terá que realizar uma série de mudanças em seu estilo de vida. Por exemplo, evitar locais e situações que sejam associados ao uso, (re)aprender “fontes de prazer” que não as que estejam relacionadas ao consumo – geralmente, pessoas com problemas com drogas afastam-se todas as formas de lazer, hobbies, relacionamentos, etc, e retomar a uma vida “careta” pode ser uma das tarefas mais difíceis no processo de recuperação.



Expectativas:


Não podemos afirmar que há uma cura para a dependência química. Ela é uma doença crônica, assim como diabetes e hipertensão, porém, totalmente passível de tratamento. Vale ressaltar que além de cessar o consumo, um tratamento eficaz é aquele que consegue auxiliar o indivíduo a retomar o funcionamento produtivo na família, no trabalho, na sociedade e no trabalho.

De acordo com o National Institute on Drug Abuse (NIDA), estima-se que cerca de 40 a 60% dos pacientes tem recaídas – números bem próximos de outras doenças crônicas, como a hipertensão (50 a 70%) e a asma (50 a 70%). Ainda, é importante frisar que a recaída é parte do processo terapêutico e indica que o tratamento deve ser revisto e ajustado.



Prevenção:


Em se tratando da prevenção de problemas relacionados as drogas, é de vital importância que estratégias de prevenção sobre a questão sejam desenvolvidas, incorporando abordagens baseadas em evidências culturalmente apropriadas, com prioridade para gestantes, jovens, menores de idade e outras populações vulneráveis.

Não existe um modelo ideal e único de programa, e sim diferentes possibilidades de abordar estas questões. O que se percebe é que terão mais sucesso as ações que contemplam abordagens multidisciplinares, ou seja, trabalho e estudo de profissionais de diversas áreas e especialidades.

Em relação à prevenção de novas recaídas, sugere-se que o paciente mantenha sempre o acompanhamento com profissionais especializados e que sempre avaliem a proposta terapêutica, verificando a necessidade de ajustes. Ainda, participar de sessões de psicoterapia (principalmente com abordagens comportamentais) podem oferecer estratégias para que o indivíduo consiga lidar com situações de alto risco ou forte desejo de consumir a substancia, além de maneiras de evitar e prevenir recaídas.